domingo, 30 de dezembro de 2012

Sporting num sufoco financeiro

Um clube de futebol tem como principais receitas: a bilheteira, os direitos televisivos e sobretudo o cash proveniente dos prémios das competições europeias UEFA.

Ora o Sporting, com um elevado prejuízo a Junho de 2012 e bastante endividado está num beco muito, muito escuro.

Tem feito investimentos grandes na contratação de jogadores, que, per si, apresentam  salários muito elevados. O objectivo do clube era amortizar estes investimentos e pagar os elevados salários com o cash que esperava obter da Liga dos Campões.

Ora, tal objectivo está a sair furado. O clube não ganha, não consegue aceder à Liga dos Campeões e dos milhões e por isso não gera fundos para as suas despesas (salários, funcionamento, juros, amortizações de capital, etc).
Esta época, a equipa não foi além da fase de grupos da Liga Europa e com péssimos resultados (logo sem prémios de performance) e já desistiu de todas as outras competições. Resta o merchandising, a bilheteira e os direitos televisivos nacionais. Porém estes são claramente insuficientes para todas as despesas que o clube deve ter, tendo em conta o desanimo com a equipa e a crise das famílias.

A perspectivas  para futuro são sombrias. Para o ano, o clube não estará na Champions e não havendo receitas, só há um caminho: cortar o mais que se puder nas despesas. Vender (dispensar não chega) jogadores caros, apostar nos jovens de qualidade do mercado nacional e da formação (estão mais motivados e são mais baratos) e rever os contratos de fornecimento de serviços que não sejam os mais benéficos para o clube.

Não há outra solução. Sem dinheiro, também não pode haver vícios.

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