sábado, 27 de junho de 2015

Empréstimos obrigacionistas

Depois do Sporting (6.25%) e FC Porto (5%), chegou a vez do Benfica emitir obrigações ao retalhe (4.75%).

Com o fechar da torneira dos bancos, em particular BCP e BES, os clubes têm que encontrar formas de financiamento alternativas.

Os fundos não são uma boa alternativa. Ficam sempre a ganhar  e aproveitam-se de forma escandalosa (talvez por isso a UEFA tenha tomada a medida de os proibir). Então a solução tem sido apostar  no retalho (nos adeptos). As taxas de juro são elevadas (em função do risco), mas o números assustam (quer da taxa de juro, quer do montante amealhado).

Comprar obrigações é emprestar aos clubes (como quem comprou papel comercial da Rioforte). Aqui todos sabem ao que vão. Os clubes vivem acima das suas possibilidades, onde impera a emoção à razão. Depois não se venham queixar que são os "lesados das obrigações".

Neste mercado, vemos o Sporting a prometer milhões ao treinador sem os ter e sem ter garantida a receita da Liga dos Campeões. 
Vemos o FC Porto a prometer milhões a Danilo e Maxi Pereira(e respectivos agentes/investidores), bem como a pagar Brahimi a peso de ouro, com um défice de exploração gigante, com um passivo a aumentar cada vez mais e a ter de vender para se financiar e pagar Adrian Lopez.
 Do lado do Benfica, as coisas parecem estar mais controladas, no sentido desejável, i.e., de uma gestão equilibrada e um nível de dívida razoável. Pelo menos parece estar a vender e a reduzir salários, para honrar compromissos.

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