Esta semana fomos surpreendido pela notícia confirmada de que o Benfica vendeu os seus direitos televisivos à NOS. A surpresa veio pelo valor: 40 milhões de euros por época.
Um valor quase obsceno de tão elevado que é: 40 milhões.
Além de ser um valor elevado, significa também o fim da centralização dos direitos televisivos. Ora vamos refletir sobre o assunto:
- Benfica claramente beneficiado
Já há condicionantes ao destino do dinheiro: será para pagar dívida, prioritariamente a bancária. O clube tem um dos seus problemas resolvidos e garante receitas fixas e estáveis para o futuro.
- Estabelecimento do valor de referência
Os números que a Oliverdesportos praticava eram um pouco neblosos até agora (só quem vai à CMVM ler os relatórios e contas sabe). Agora, não há dúvidas: 40 M€ por época.
- Sporting e FC Porto podem negociar e saem a ganhar
Ambos têm um valor de referência, que por sinal, são bastante superiores aos que recebem a agora (18 e 20 M€ respetivamente). Os valores, em leilão, serão revistos para cima. Joaquim Oliveira move-se bem no Dragão, enquanto a MEO pode arriscar em Alvalade.
- Os outros clubes
Nesta guerra, os clubes mais pequenos, com poucos adeptos, sairão claramente prejudicados. Quem vai querer pagar por um jogo das outras equipas que não seja com os grandes ou um Guimarães-Braga? Os pequenos têm de se unir e negociar os jogos em casa com os grandes em conjunto, senão não vão conseguir nada.
- A 2ª Liga
A 2ª Liga vai perder toda a visibilidade: os operadores privados não vão querer investir em jogos ao meio dia de domingo sem interesse. Não lhes vai chegar dinheiro.
- O Papel da Liga
Até agora, não fez nada. Pedro Proença tem o rabo preso porque foi apoiado por Joaquim Oliveira, acionista da SportTV tal como a NOS.
- E o consumidor?
Muito se fala nos clubes. E o consumidor? Vai ter que aderir a duas operadoras? Vai a NOS vender à MEO a exclusividade dos jogos?
Muita coisa por esclarecer, mas não tenho dúvidas que este negócio apenas vai beneficiar os grandes e prejudicar os clubes mais pequenos. Veremos ainda o que acontecer ao consumidor!
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