quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Liga NOS 15/16 - a análise 15/!16
O Sporting está mais forte que no passado, com melhor equipa, mais confiante e com melhores resultados. Jorge Jesus trouxe o impulso que a equipa precisava e existem 4 reforços que se destacam: Teo Gutierrez, Bryan Ruiz, Gelson e Matheus. Pela primeira vez nos últimos anos, trataram-se de reforços de verdade, enquanto a formação continua a ser privilegiada. Este era um dos receios que a chegada de JJ trazia e que acabou por não acontecer.
O FC Porto arriscou no mercado. Deixou as jovens promessas de Espanha e apostou no mercado nacional, nomeadamente em jogadores que a concorrência cobiçava. Nos três casos (Danilo, Maxi e André André deu-se bem). Aliás, este último já é indiscutível. No entanto, o treinador Lopetegui ainda não conseguiu um único título e a eliminação da Champions foi ridícula. Estranha parece ser o apagamento do reforço mais caro: Imbula. Tal como Adrian Lopez, Lopetegui parece não gostar de apostar nos investimentos mais elevados, o que é um contrasenso.
O Benfica está a ter algumas dores neste começo de época. A saída de um treinador com longevidade e espírito ganhador, deixou marcas. Por outro lado, houve uma redução do investimento no plantel, optando-se por recorrer a jovens da fomação, que não têm experiência. Se a prazo é excelente, no curto prazo e com o Sporting mais forte, é natural que os resultados sejam inferiores ao histórico.
Já o Sp. Braga está dentro daquilo a que nos habituou: uma equipa guerreira firme no 4º lugar. Não se percebe porém o facto de ser a unica equipa não chama jogadores da equipa B.
O V. Guimarães está abaixo do que fez nas épocas anteriores. Talvez no passado tenha feito mais do que era suposto. Tem havido dificuldade em encontrar a fórmula ideal... mas após muitas experiências, a equipa tem melhorado nos últimos jogos. Destaque para o guarda redes Miguel Silva, que tem cativado os adeptos e o público na sua titularidade, depois de ser suplente da equipa B.
As equipas da Madeira estão ao ritmo a que nos habituaram: no meio da tabela, com jogadores promissores.
O Rio Ave, Estoril e o Paços de Ferreira estão no seu melhor: seguros, com boas exibições e a lançar promessas no futebol (Marvin já deu o salto, Jota tem despertado cobiça). Ambos são estáveis e Jorge Simão limitou-se a não estragar a herança de Paulo Fonseca.
O V. Setúbal é a grande surpresa boa deste campeonato! Com um plantel muito pobre, com jogadores do CNS e dispensas de clubes medianos da Liga e com muitas dificuldades financeiras, tem feito um campeonato espetacular. Os jogadores dizem que é o psicológico e a união do grupo. Pois bem, a permanência está praticamente assegurada. Suk (ex-Nacional), André Horta (formação), André Claro (ex Arouca), Arnold (ex-Chaves) e Costinha (ex-CNS) são os destaques.
O Arouca também está bem melhor que no passado. Com um plantel quase de "luxo", com muitos jogadores sulamericanos com nome na praça, não tem feito mais que a sua obrigações. As "parcerias" do presidente Carlos Pinho estão a ter resultado e o treinador é bom.
No Belenenses, a evolução tem sido boa. O apuramento histórico para a fase de grupos foi um orgulho e permitiu desde logo diminuir o passivo. A equipa tem uns excelentes 16 pontos e mais não se podia pedir. Sá Pinto saiu mal saiu da Europa e foi contratado um espanhol. Essa escolha é uma incógnita e pode sair cara.
Mais abaixo, o Moreirense demorou a engrenar. Miguel Leal teve que construir uma equipa quase nova e teve dificuldades. Tem boa matéria humana e está em recuperação.
Na lote das equipas que vão lutar para não descer, incluo o U. Madeira. Está a fazer pontos com os grandes, mas o seu campeonato é com os pequenos. EM caso de igualdade prevalecerá o confronto direto, que é desfavorável. O seu plantel é estranho.. muitos sulamericanos e nenhum deles se safa. Se olharmos para os melhores do U. Madeira verificamos que todos eles atuavam em Portugal: André Moreira (ex-Moreirense - uma surpresa), Soares (U. Madeira) e Gian (ex Sanjoanense). Como se vê, o presidente em vez de andar a atacar o treinador e os jogadores devia ganhar juízo e escolher melhor os seus jogadores.
Na luta pela permanência estará também o Boavista. No ano passado, teve sorte e muito querer. Petit foi o obreiro da permanência. Esta época está a ter algumas dificuldades e terá que se reforçar.
A Académica está ao ritmo a que nos habituou: sempre na segunda parte da tabela classificativa. Desta vez tarda em sair dos últimos lugares. Tem muitos portugueses no plantel e é uma pena que os resultados não surjam.
Por fim, o Tondela. Não acredito na permanência. O plantel não é mau, mas as coisas não funcionam e já vai no terceiro treinador. A excepção é Luís Alberto que é o melhor. Já de Guzzo esperava-se mais. O Tondela tem de se reforçar neste mercado.
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