Neste mercado de Inverno europeu, os chineses foram a surpresa.
Investiram muitos milhões e contrataram grandes estrelas europeias, para tornar o seu país uma potência do futebol mundial. Porém, neste negócio, ao contrário dos têxteis e do calçado, o fator baixo de custos não é solução. É preciso pagar bem para convencer um jogador a deixar a Europa para ir para a Ásia.
O dinheiro dos clubes vem do Estado chinês e de grandes empresas, sendo desde logo questionável se o futebol deva ser prioridade desse país, com tantas notícias que nos chegam de precariedade laboral e de uma poluição assustadora.
O que a China tem para oferecer um vasto mercado de adeptos e boas condições económicas, caraterísticas de um países que mais tem crescido nas últimas décadas. Mas há o reverso da medalha: a China sabe que para crescer tem que se impor na Europa e na América do Sul. É provável que em breve vejamos jogadores chineses nos colossos europeus.
Já em Portugal, as poucas experiências chinesas não têm tido sucesso. Não existem jogadores chineses nos principais clubes em Portugal e os investidores nas recém criadas SAD's não têm tido sucesso. O caso mais conhecido é o Atlético Clube de Portugal onde as coisas correm mal. Existe uma exceção, o Leixões. Em agonia financeira à longas épocas, foram várias as saídas do plantel para a China no mês passado, mas para isso a SAD inscreveu uma série de jogadores dessa nacionalidade, não se sabendo de quem foi a iniciativa de os contratar. Portugal é um bom país para os capitalistas chineses do futebol investirem: o campeonato português é uma boa montra e os clubes portugueses estão descapitalizados.
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