quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Futebol feminino 16/17: uma nova versão e ambição

A época 16/17 será uma época de viragem para o futebol feminino. O Sporting e o Sp. Braga decidiram abraçar uma modalidade esquecida, ou melhor, não desenvolvida em Portugal.

Vamos por partes:

- Integração do Sporting e Sp. Braga
 É uma medida polémica, mas estou perfeitamente de acordo. O futebol feminino só vai a algum lado se pelo menos um dos grandes entrar e apostar a sério. Se assim não for, é a insignificância que tem sido até agora.
Quer se queira, quer não, são esses clubes que vêm nos jornais, que vendem camisolas, que têm os melhores estádios, condições de trabalho, os que conseguem cativar os melhores treinadores, os que têm canais televisivos e os que cativam mais adeptos e possíveis jogadores nas captações.
Veja-se o jogo de apresentação do Sporting que já foi televisionado.

- Ambição 
O que mais gostei do discurso de apresentação do Sporting foi: estamos aqui para ganhar. É essa atitude ambiciosa e de confiança que falta a muita boa gente. Muitos preferem queixar-se das condições que têm. Outros assumem ao que vieram. Acho que esta posição vai aumentar a competitividade do campeonato.

- Ausência de FC Porto, Benfica e V. Guimarães
A ausência destes clubes é visto por alguns mais por questões políticas (desavenças públicas com o presidente da FPF), mas só tinham a ganhar com a adoção da modalidade (traria mais adeptos e adeptas ao clube, embora o FCP já tenha camadas jovens). No entanto se estes três entrassem caíria o Carmo e a Trindade, junto dos clubes já existentes.

- Mais adeptos, mais públicos
Ao ter os grandes, os jornais, as televisões a falarem do futebol feminino, a curiosidade será naturalmente aguçada e a modalidade vai cativar mais gente.

- Os outros clubes
Uns lamentam-se, outros vêm como uma oportunidade para melhorar e potenciar as suas localidades e jogadoras. A medida de limitação de jogadores é justa, embora não me pareça muito razoável contratar espanholas e brasileiras (não era bem esse o objetivo ...)

- Centralização no Norte
Olhando para os clubes que vão participar no campeonato nacional, existem quatro distritos que dominam: Braga, Porto, Lisboa e Aveiro.
 
- Seleção
Mais equipas, mais jogadoras, melhores e mais exigentes condições de trabalho e de treino vão trazer frutos naturais à seleção que está muito atrasada no ranking. Como se vem de trás, tem muito por onde galopar.

- Um nome: Mónica Jorge
Para o bem ou para mal, há um rosto! Isso faz toda a diferença, pois personaliza a modalidade e traz mais responsabilidade e confiança. Além disso, é alguém que conhece o relvado e os problemas que existem.

Em resumo, estou curioso para ver como corre a época e vou tentar acompanhar. Para já, já se fala do futebol feminino o que é um grande passo.

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