Se há profissão precária em Portugal é a de treinador profissional de futebol.
Uns meses e umas 3/4 jornadas são suficientes para os adeptos mostrarem lenços brancos e os dirigentes dispensarem os seus treinadores.
Por essa razão, há pouco investimento nos treinadores. A probabilidade de perda é elevada.
A posição do treinador, no sistema tático que monta e nas escolhas que faz, acaba por ter um papel determinante num plantel.
Porém, 10 M€ é muito dinheiro dado o histórico.
A herança é pesada e abre muita responsabilidade e expetativa. O Sporting aposta tudo no treinador, mas se Rúben Amorim conseguir valorizar o plantel e vendas lucrativas o seu investimento fica pago.
Dada a vulnerabilidade do cargo de treinador, o desafio é conseguir.
Quanto ao facto de ser sócio do Benfica, é uma falsa questão. Rúben é profissional e já o demonstrou no Braga.
O desafio é grande porque o Sporting tem muitos problemas internos, numa luta de poder intestina, uma equipa sem motivação e desnorteada. A aposta é de longo prazo e por isso há condições para trabalhar. Rúben Amorim tem o mundo aos seus pés.
Duas notas:
i) Quanto ao facto de não ter o nível de treinador exigido, as regras têm de ser revistas. Ou existem para serem cumpridas ou não existem.
ii) Quanto a Custódio Castro, uma boa aposta, na continuidade de Ruben Amorim. Tem o barco embalado, agora é dar continuidade e não inventar.
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