Começam as chegar as decisões da época 22/23 e já muitos balanços podem ser feitos.
Deixemos os grandes para depois, dado que não há ainda decisões neste momento.
Comecemos pelo V. Guimarães. Uma época muito irregular, mas q.b. para se apurar para a Liga Conferência. Recorde-se que Moreno foi promovido a treinador principal para substituir Pepa nos últimos dias antes da 1ª Jornada. Não teve tempo nenhum de preparação e foi atirado para a "arena" com uma herança pesada. Com um plantel barato, jovem, imaturo mas bom, fez muito. Foram vários os nomes que o Vitória apresentou e com muita qualidade. Apesar dos altos e baixos, lá chegou ao 5º lugar, com muitos talentos dados a conhecer e que tem agora de consolidar.
O Arouca fez igualmente uma grande época. Tem tido estabilidade no seu comando técnico e no seu plantel. Foi novamente apurado para as competições europeias, à frente de outros clubes com maior orçamento.
Destaco o Boavista, onde Petit tem tido mais descanso nas últimas jornadas de cada campeonato. Começou a época sem poder utilizar os seus reforços, obrigando o treinador a recorrer à formação. Época muito tranquila, mesmo com Musa a sair para o Benfica.
Destaco a competência de João Pedro Sousa, depois do erro de casting do seu antecessor. João Pedro demonstrou a sua competência, regressando com sucesso a um lugar onde foi feliz. Ainda não percebi bem o projecto do Famalicão, sempre com muita rotação de plantel e treinadores. Será desta que vai estabilizar e fazer algo bonito.
Nota ainda para o D. Chaves e Portimonense com uma época muito tranquila.
O Gil Vicente teve as dificuldades esperadas em época de estreia na Liga Europa e confirmou a incompetência de Ivo Vieira. Confirmou-se o o erro esperado de apostar num treinador que soma insucesso atrás e insucesso no Minho. O Estoril arriscou muito no plantel jovem e carregado de jogadores emprestados pelo Benfica, estruturado por Verissimo. Pagou caro essa aposta, mas lá conseguiu a permanência. O Rio Ave, de regresso à Liga, também teve tranquilidade (e estabilidade).
Na zona de descida, não estava à espera da dificuldade do Marítimo. Foi a primeira época preparada pela nova direção de Rui Fontes, depois de anos com Carlos Pereira no poder. Contratou dirigentes para a SAD separando a gestão do clube da do futebol. Correu mal. No mercado de Inverno, trocou de dirigentes contratando o diretor de sucesso do Gil Vicente (Tiago Lenho - não percebi o que motivou este dirigente a dar passos para o "lado"). Contratou uma mão cheia de jogadores e um treinador que nunca foi nem será um ás do treino. Não conseguiu a permanência à primeira.
Já do Paços de Ferreira, era esperado depois do péssimo planeamento de época, com más contratações (nem guarda redes teve) e dispensas questionáveis. César Peixoto fez o que pode, mas não chegou.
No Santa Clara, mais do que esperado. Começou logo pela saída de Diogo Boa Alma, que tinha a estratégia e inteligência na contratação de jogadores e treinadores que pudessem se adaptar à ilha. Depois, a novela em torno da continuidade de Mário Silva. Em terceiro, as contratações loucas de jogadores inexperientes, dispensando os bons e adaptados à ilha.
Na 2ª Liga, os candidatos Moreirense e Farense subiram. Paulo Alves tem feito trabalhos bonitos na 2ª Liga e poderá ser o novo Vítor Oliveira. O Farense regressa depois de ter estado no ano do covid e com os estádios vazios na 1ª Liga. Mais um representante do Algarve a juntar-se ao Portimonense. O E. Amadora poderá ainda subir, mas é um projeto ainda muito no início, sem qualquer consistência e onde em 2 épocas já teve dois planteis totalmente diferentes. Veremos.
Destaco ainda o Ac. Viseu que cometeu o erro de se desentender com Jorge Costa e deitou tudo a perder. Muita aprendizagem a ter no futuro.
Sp. Covilhã desce, denotando a dificuldade do Interior em atrair talento.
De regresso, dois históricos: Belenenses e U. Leiria.