sábado, 6 de maio de 2023

Leiria e Belenenses de regresso aos profissionais


 

A Liga 3 na época 2022/23 foi muito, talvez demasiado, composta por clubes históricos no futebol português, como o Leiria, o Belenenses, o Setúbal, o Varzim ou a Académica. Em comum, têm o facto de terem tido presidentes no passado com mais olhos que barriga.

O destino cruel atirou-os para o terceiro escalão. O Leiria teve de começar do zero, depois da presidência de João Bartolomeu e de ter caído no abismo. Entretanto já criou uma SAD novamente. Começou com um investidor russo, agora é britânico, mas com um presidente português. O trabalho tem sido muito meritório e com um investimento de base. Uma renovação visual do estádio, com um novo branding, a reconstrução da academia leiriense e a abertura de portas à população. O estádio encheu com recordes de assistências. As loucuras salariais e de contratações ficaram para segundo plano. Os resultados estão à vista. Subida de divisão, com muitos (novos) adeptos, uma proximidade anormal da cidade e um estádio belo. Um clube renascido das cinzas, com ambição, apostando na formação. Acredito que possa trazer muito valor acrescentado ao futebol português na 2ª Liga.


Já o Belenenses, resultou de algo atípico. A primeira e grande cisão entre SAD e clube. Corremos o risco de termos uma SAD a jogar contra o clube nativo. O Belenenses, do Restelo, será sempre um histórico, com adeptos ferrenhos e com uma identidade. Uma aposta forte igualmente na formação e sobretudo na raíz belenense. Por esta razão, acredito igualmente que possa trazer valor acrescentado ao campeonato profissional.


Já o Setúbal e a Académica continuam a penar, fruto de más opções do passado, com insolvências sucessivas à porta. 

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