domingo, 26 de julho de 2020

Liga NOS 19/20: 34ª Jornada

Resumo da época:
- FC Porto campeão       Acesso direto à Liga dos Campeões
- Benfica: 2º lugar          Pré eliminatória Liga dos Campeões
- Sp. Braga: 3º lugar       Fase de grupo Liga Europa
- Sporting: 4º lugar        Pré eliminatória Liga Europa - 3ª
- Rio Ave: 5º lugar         Pré eliminatória Liga dos Campeões -2ª

V. Guimarães - fora da Europa Desilusão
Sporting - fora do pódio Desilusão

Famalicão - Surpresa

D. Aves - falido, condenado à desistência e mais uma vítima de má gestão Desilusão

Melhor marcador: Vinicius e Pizzi (Benfica) e Taremi (Rio Ave)

Promovidos: Nacional e Farense

- "Pré" e "Pós" Covid
Foi uma época atípica com a paragem devido ao confinamento e jogos à porta fechada. Como em tudo, umas equipas saíram beneficiadas outras prejudicadas.

- Aposta em jovens
Deste final de época, ficou a aposta intensiva em jovens da formação pelos grandes, com muitos e bons talentos a serem apresentados. O sucesso é relativo, mas foi uma aposta ganha.

- Treinadores lusos
Desta época, continua a aposta massiva em treinador portugueses (a exceção foi o Tondela). Verificamos também que os treinadores "P" - Pepa e Petit devem ter das maiores resistências cardíacas em Portugal.
Pela negativa realço o sangue quente dos dirigentes que estão sempre a trocar de treinadores. No Sporting foi um exagero. 4 treinadores por vontade própria. No Sp. Braga foram 5 mas apenas 3 por culpa própria.
Sérgio Conceição, Carlos Carvalhal, João Henriques, Natcho Gonzalez, Vitor Oliveira, JP Sousa (6/18) foram as exceções de regularidade.

- Vítor Oliveira e o Gil Vicente
O Gil Vicente teve de construir uma equipa toda do zero, mas jogou pelo seguro ao contratar Vítor Oliveira, um dos mais competentes treinadores portugueses. Rei das subidas, correu muito bem. Objetivos tranquilamente conseguidos.
Deixa uma herança pesada.

- D. Aves
Uma vergonha. Pede-se mais regras aos reguladores, apuramentos e consequências criminais e dirigentes com menos olhos que barriga.

sábado, 11 de julho de 2020

Análise da Liga NOS 19/20 pós COVID

A Liga NOS voltou e em Julho, em vez de termos seleções, temos futebol de clubes. 
Uma nova realidade.

Neste pós confinamento, houve equipas que vieram melhores, outras piores, com "novas" revelações (sobretudo jogadores jovens e portugueses) e treinadores despedidos.
Quanto à questão da qualidade dos espetáculos, acho uma falsa questão. Futebol lento e mal jogado sempre houve.
Vejamos então os grupos de equipas.

- FC Porto
Um dos grandes vencedores desta 2ª fase. De 1 ponto passou para 8 de avanço.
Mérito e sorte da fraqueza do adversário.
Surpreendeu no empate nas Aves e derrota em Famalicão, mas de resto e sobretudo contra o Belenenses foi uma máquina.
Não teve Marcano, Zé Luís eclipsou-se, mas o Porto apresentou-se seguro e com processos bem construídos. Alex Teles e Corona são os mais influentes da equipa e que valem pontos.
Sem a equipa B a jogar, o treinador conseguiu promover uma das maiores revelações: Fábio Vieira.
Outros jovens somaram minutos, mas este vai longe.

- Benfica
O maior derrotado.
Com o treinador Bruno Lage, a defesa cometeu erros. Muitos e graves (sobretudo Ferro). Caiu o timoneiro, caiu a esperança de ser campeão e entrar diretamente na Liga dos Campeões. Com bastante estrondo. Uma equipa quase vulgar, onde Pizzi se salva.

- Sporting
Muita curiosidade para ver como Ruben Amorim montava a equipa. O estilo de comunicação e aposta massiva em jovens da formação surpreenderam. O treinador "estrelinha" não perdeu um único jogo até agora, mas teve adversários mais fracos.
Apesar das expetativas postas pelo presidente em Matheus Nunes, foi Eduardo Quaresma o rei da regularidade e Jovane Cabral a surpresa.
O Sporting é um dos grandes vencedores até agora. Passou de 4º para 3º, recuperando 9 pontos.

- Sp. Braga
Outro dos derrotados.
Custódio é o nome da desgraça. Apresentar resultados não é para todos.
Com Artur Jorge, a equipa recuperou e Paulinho brilha. Chama a atenção a quantidade de golos portugueses nesta equipa. O goleador português é uma das confirmações até agora.
O Sp. Braga lambe as feridas, mas perdeu muito o que de bom Ruben Amorim conseguiu e caiu para 4º lugar.

- Rio Ave
Manteve o 5º lugar europeu e está na luta. Taremi continua a afirmar-se.

- V. Guimarães e Famalicão
Apesar de na tabela pouco ter mudado, a situação é distinta.
O V. Guimarães tem um plantel muito bom e agora não há desculpas para não haver resultados. Há muito para refletir sobre Ivo Vieira e os seus resultados nesta 2ª fase. Um Vitória muito aquém.
O Famalicão vinha em decrescendo, mas recuperou. Porém, vamos ver como acaba.
Seja como for, muito mérito para João Pedro Sousa e sobretudo para o scouting. Muitos jovens talentosos, mas inexperientes. A manutenção foi conseguida.

- Boavista, Santa Clara e Moreirense 
Um grupo de equipas que manteve a regularidade evidenciada. 2ª fase equilibrada sem surpresas. Quanto a Daniel Ramos, não gosto do seu estilo de treinador e continuo sem perceber o que moveu a direção do Boavista a contratá-lo.

- Marítimo e Gil Vicente
Um mau arranque na 2ª fase levantou alguns sustos, porém conseguiram a permanência com antecedência. Muito mérito para Vítor Oliveira. Um plantel novo, sem qualquer experiência na Liga NOS e com os objetivos alcançados.

- Belenenses e Portimonense
Mantiveram a irregularidade a que nos habituaram ao longo da época. No caso de Portimão, é estranho como um plantel com tantas individualidades fez uma época tão má.

- P. Ferreira
Um dos grandes vencedores da 2ª fase. Pepa trouxe uma equipa rejuvenescida com Tanque a ser o joker da equipa.

- Tondela e V. Setúbal
De 11 e 13 pontos de avanço, passaram a apenas 3. Péssimo regresso. Uma das grandes desilusões.

- D. Aves
Comandados pelo treinador "coitadinho", conseguiram um empate com o FC Porto. De resto, muitos jogadores da equipa sub 23, muitos problemas financeiros ... acabou despromovido.

Concluindo:
Os vencedores: FC Porto, Sporting e P. Ferreira
Os derrotados: Benfica (Ferro), Braga (Custódio), Tondela e Setúbal
Revelação: Fábio Vieira e Eduardo Quaresma
Surpresa: Jovane Cabral
Confirmação: Paulinho do Braga

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Liga NOS 19/20: Grandes com fraca performance

As jornadas pós confinamento da Liga NOS têm sido marcadas por um maior equilíbrio de forças entre os clubes.
Os grandes estão mais fracos e os pequenos estão mais fortes.

Ao nível exibicional, têm sido jogos pobres, sem nota artística, com muitos falhanços.
Alguns clubes têm aproveitado para lançar jovens das suas camadas de formação, já a preparar o emagrecimento forçado dos orçamentos. Essa aposta tem sido mais evidente nos grandes - FC Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga a dar minutos a jovens.

Essa inexperiência justifica alguma irregularidade dos grandes. Algum relaxamento, a ausência da força dos adeptos e sobretudo uma maior confiança dos pequenos completam as razões.

Lista de jovens da formação utilizados:
- FC Porto (5)
Fábio Vieira, Vitor Ferreira, Tomás Esteves, Fábio Silva e Diogo Leite
- Benfica (4)
Jota, Ferro, Nuno Tavares e Tomás Tavares
- Tondela (2)
Tiago Almeida e Ruben Fonseca
- Sporting (5)
Eduardo Quaresma, Matheus Nunes, Nuno Mendes, Pedro Mendes e Jovane Cabral
- Sp. Braga (2)
David Carmo e Trincão
- Rio Ave (1)
Ruben Gonçalves

sexta-feira, 1 de maio de 2020

COVID 19: Retoma do futebol

O futebol já tem data para ser retomado, pelo menos no que à Liga NOS diz respeito.~
A comunicação não deixa margem para dúvidas: é preciso que as condições assim o permitam.

Não deixa de ser irónico que alguns comentadores afetos ao FC Porto, sempre tão acérrimos a defender Rui Pinto (o qual concordo), venham agora criticar esta decisão. Dá a entender que querem a vitória na secretaria. Reivindicam uma espécie de Justiça de primeira quando é contra o clube deles, mas quando é a favor já defendendem o status quo.

Acho bem que o futebol volte porque há muito economia à volta dele e porque os jogos serão à porta fechada, restando saber o canal. Porém acho melhor ainda avaliar as condições de segurança mais em cima.

Quanto à 2ª Liga, não faz sentido continuar com ela. Mais vale fazer subidas administrativas. Não é o mais justo, não, mas é o mais razoável porque se já há pouco público com os estádios abertos, com estádios fechados vai haver jogos que não interessam a ninguém. Nacional e Farense seriam os promovidos.

sábado, 28 de março de 2020

COVID19 - Campeonatos parados e muito prejuízo

O COVID.19 fez parar tudo, inclusivé as nossas vidas.
Vamo-nos focar no desporto e em particular no futebol.

Perante a suspensão dos campeonatos, os clubes ficaram com as suas receitas suspensas:
i) Não se vendem bilhetes
ii) Não se vendem bens e o pouco merchadising vendido online pouco ou nada gera.
Mesmo no e-commerce são pouquíssimos os clubes com lojas online. Aí está uma boa oportunidade para os clubes criarem lojas online (em marketplaces por ex.)
iii) Não se vendem sandes e cervejas nos bares
iv) Não há as receitas televisivas porque não se transmitem jogos (aqui a liquidez depende do momento do pagamento da SportTv)
v) Não se concretizam transferência de jogadores
vi) Não há receitas das competições europeias (já não havia, mas em Setembro pode não haver)
vii) Não há patrocínios dado as dificuldades das empresas (embora para o futebol haja sempre quem colabore nem que tenha de despedir funcionários).

Sobram as quotas dos associados que estão por débito direto. Quem apenas tem cobradores também não as vai receber.
Sobram os lugares anuais, cuja receita não deve ser devolvida aos sócios.
Quanto mais se prolongar esta ausência, mais tarde se recupera.

Neste intermédio, há custos aos quais os clubes não têm por onde fugir: salários.
E sem receitas, não há como pagá-los a não ser o recurso ao crédito bancário onde as garantias (passes e as poucas contas a receber ainda não entregues) também saem desvalorizadas.
Nos restantes custos como organização de jogos, polícia, electricidade, gás e afins também são muito reduzidos (a parte boa!).

O que esperar das próximas semanas?
Sem receitas, haverá apenas as quotas dos associados e é possível que alguns desistam desse custo se estiverem em situação desemprego. Os patrocinadores também vão desaparecer porque haverá outras preocupações. Os restantes clubes europeus não vão estar a contratar porque vão ter os mesmos problemas. Terão então de ser cortados os salários dos jogadores, pois não vai haver elites.
Ao nível de custos fixos (seguros e deslocações aquando do recomeço), a UEFA e a FPF podem deitar a mão aos clubes.

Mas lá que haverá um futebol mais pobre face aos últimos anos, isso vai haver porque os níveis estavam muito elevados.
Nos restantes desportos, incluindo as vertentes femininas, vai haver desistências por incapacidade financeira e o regresso ao amadorismo, sem subsídios.
Vai ser necessariamente mau?

domingo, 8 de março de 2020

Dia da Mulher - Como estamos em 2020?

Hoje, domingo, é dia da mulher.

Em 2020, nem uma chamada de capa nos jornais desportivos. Mesmo com as suas edições especiais dominicais.
O Record prefere falar da Geração Z em vez de falar do peso do desporto feminino.

Olhando para o panorama nacional vêm-se cada vez mais mulheres a praticar desporto federado, seja sénior ou formação. Não obstante uma maior aposta dos clubes, têm ainda um peso muito reduzido.

Nos desportos coletivos, começam a dar os primeiros passos, em particular na modalidade mais popular em Portugal, o futebol. Hoje ainda são pouco conhecidas o nome das jogadores e nas individuais talvez Patrícia Mamona, Telma Monteiro e Vanessa Fernandes sejam as mais conhecidas.

No futebol, a FPF desenvolveu um programa muito eficaz ao trazer primeiro Sporting e Braga para o campeonato principal com equipas semi-profissionais, juntando-se entretanto o Benfica com uma equipa robusta.
Nos últimos anos, houve um aumento da competitividade no país, com (muito) mais atletas e treinadoras. Ainda assim, olhando para as estatísticas, apenas metade das equipas da Liga NOS tem futebol feminino (o FC Porto de Pinta da Costa não tem!) e apenas 2 em 16 equipas da 2ª Liga têm a modalidade. 
Ao nível geográfico, inacreditavelmente, no Algarve, há apenas 2 equipas, uma sénior (Guia), outra júnior (Marítimo Olhanense). Os históricos algarvios não adoptam a modalidade!
Nos 3 distritos alentejanos, em Bragança e em Vila Real há apenas uma equipa (Lus. Évora, AD Paredes e Vila Real).
Clubes como o FC Porto, Ac. Viseu, U. Leiria, Beira Mar, Leixões, Belenenses, Académica ou Portimonense não têm futebol feminino e alguns nem sequer modalidades femininas além do futebol. Referi clubes históricos, representantes de grandes cidades e muitos adeptos que têm responsabilidades acrescidas.
É pouco, muito pouco.


Nas restantes modalidades, o cenário é desolador. 
Escapa o voleibol onde estão os grandes clubes portugueses, ainda assim muito concentrados em Porto, Lisboa e Braga. Um campeonato de elite com poucas equipas e atletas.

Se olharmos para o mapa de treinadoras, é pior. Nas equipas femininas, os treinadores continuam a ser homens. Mulheres são poucas. Conheço só alguns nomes no futebol e são muito poucas: Paula Pinho, Madalena Gala, Mara Vieira, Mara Vieira, Joana Rosa, Joana Maia, Rita Castro Silva e Susana Covas. Pouquíssimas.

Ao nível do dirigismo, é quase vergonhoso. Com futebol, há apenas uma presidente. Chama-se Maria João Figueiredo e é presidente do Feirense. No futsal há Adelaide Raimundo no Burinhosa.

E que tal, os clubes deixarem as imagens bonitas nas redes sociais do Dia da Mulher e adotarem as modalidades femininas?

sábado, 7 de março de 2020

A porta aberta por Rúben Amorim (10 M€)


Se há profissão precária em Portugal é a de treinador profissional de futebol.

Uns meses e umas 3/4 jornadas são suficientes para os adeptos mostrarem lenços brancos e os dirigentes dispensarem os seus treinadores.
Por essa razão, há pouco investimento nos treinadores. A probabilidade de perda é elevada.

A posição do treinador, no sistema tático que monta e nas escolhas que faz, acaba por ter um papel determinante num plantel.
Porém, 10 M€ é muito dinheiro dado o histórico.

A herança é pesada e abre muita responsabilidade e expetativa. O Sporting aposta tudo no treinador, mas se Rúben Amorim conseguir valorizar o plantel e vendas lucrativas o seu investimento fica pago.
Dada a vulnerabilidade do cargo de treinador, o desafio é conseguir.

Quanto ao facto de ser sócio do Benfica, é uma falsa questão. Rúben é profissional e já o demonstrou no Braga.

O desafio é grande porque o Sporting tem muitos problemas internos, numa luta de poder intestina, uma equipa sem motivação e desnorteada. A aposta é de longo prazo e por isso há condições para trabalhar. Rúben Amorim tem o mundo aos seus pés.

Duas notas:
i) Quanto ao facto de não ter o nível de treinador exigido, as regras têm de ser revistas. Ou existem para serem cumpridas ou não existem.
ii) Quanto a Custódio Castro, uma boa aposta, na continuidade de Ruben Amorim. Tem o barco embalado, agora é dar continuidade e não inventar.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Jogo Duplo

No final da época 15/16, fomos surpreendidos na última jornada pela detenção de várias figuras (presidente, diretor desportivo, jogadores, entre outros).
O motivo seria a viciação de resultados com vista à manipulação de ganhos de apostas.
Quatro anos depois, saiu a sentença.

Penas de prisão para os envolvidos (cinco).
Para o Leixões SAD, além de multa, perda de apoios públicos e impedimento de participação nas ligas profissionais.
A imprensa, em particular o jornal OJOGO trouxe na sua capa, que foi um castigo "pesado".

Não acho pesado. Nada pesado.
Um dos maiores riscos do futebol atual, tão dominado por agentes e interesses económicos, são estas falcatruas por debaixo da mesa, secretas e sujas.
Agora vai haver recursos e afins, mas espero que sirva dissuadir possíveis infratores e que o crime não passe impune.
Se queremos um futebol limpo, com fair play, não podemos ter pessoas da bancada a dar ordens aos jogadores para falharem defesas em função dos interesses dos apostadores ricos.

Quanto ao Leixões, depois dos recursos, quando vai ser suspenso. Já em 20/21? O que significa essa suspensão na prática?

Porém não é caso único de corrupção no futebol. O julgamento do Feirense-Rio Ave da época 16/17 envolvendo jogadores do Rio Ave também ainda está por terminar.
Também, o caso da mala envolvendo "agentes" e jogadores do Rio Ave também está por esclarecer.

Se Portugal quer estar no topo, tem de tomar medidas severas para acabar com estes riscos.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Sp. Braga conquista Taça da Liga


O Sp. Braga entra para a história novamente ao conquistar a Taça da Liga.
A sua 2ª Taça da Liga e em sua casa.

Para esta conquista dois obreiros: um Sá Pinto, outro Rúben Amorim.
O jovem técnico tem calado os críticos por estes implicarem pela sua falta de qualificações obrigatórias para ser treinador principal.
Em 5 jogos, Rúben Amorim venceu 5. Trouxe uma nova dinâmica ao plantel, conquistando duas vitórias ao FC Porto e uma ao Sporting.

Ricardo Horta marcou o golo no último minuto de um jogo equilibrado. A equipa foi mais uma vez assertiva e eficaz (pena que não seja sempre assim, sobretudo frente ao Benfica). Fica no ar uma fragilidade no setor defensivo central do Braga (David Carmo pode ser uma opção).

Já o Braga persegue a sua evolução de quarto grande, com mais uma Taça da Liga (a segunda).

Já do FC Porto, a equipa está (mais uma vez) em crise.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Liga NOS 19/20: Impressões da 1ª volta

A primeira volta está a terminar e até agora já existem algumas novidades.

Na frente, nada de novo. Benfica na frente e FC Porto na perseguição.
Enquanto o Benfica goleia, os nortenhos queixam-se. 

Bruno Lage, treinador revelação da época passada, vai passeando. Soma apenas uma derrota, apostando no campeonato, deixando de lado o perfil europeu. Não obstante, o Benfica vai naturalmente continuando a projetar jogadores. Pizzi continua a ser preponderante na equipa vermelha.

No FC Porto, alguma inconsistência nas exibições. Luís Diaz é o único reforço de encher o olho enquanto a aposta na formação permanece tímida (não se percebe!). Depois das saídas de Rúben Neves, Diogo Dalot e André Silva, o Olival ainda não promoveu mais nenhum indiscutível. Fábio Silva vai ganhando embalo, mas apenas isso.
Diogo Leite não se afirma e Diogo Costa não tem oportunidades.

O Sporting continua no marasmo habitual. Num lamber de feridas de à várias épocas, com muita cisão interna, não consegue encontrar a rota vencedora. Ainda hoje se soube de mais discussões entre dirigentes e jogadores. A classificação não engana.
Na aposta da formação, também não vai lançando ninguém relevante. Bruno Fernandes é a salvação (para já desportiva, no futuro financeira).

Os clubes minhotos estão a sofrer as consequências dos bons jogos europeus. O Braga tem sofrido algum desgaste com os jogos europeus, mas com a qualidade do seu plantel pode e deve fazer melhor. Saiu Sá Pinto, entrou Ruben Amorim. O futuro dirá se valeu a pena a troca.
O V. Guimarães continua na rota do sucesso começada por Pedro Martins e Luís Castro. Com Carlos Freitas notou-se uma melhoria qualitativa. Sem os jogos europeus, o Guimarães tem tudo para sonhar com o 4º ou 5º lugar. Ivo Vieira tem feito um bom trabalho e tem vários jogadores cobiçados.

O Famalicão é a grande surpresa da primeira volta. Com um plantel jovem mas inexperiente, conta com dirigentes com conhecimento de liga (Miguel Ribeiro) e ligados ao super empresário Jorge Mendes. Veremos se será sol e pouca dura (enquanto Fábio Martins jogar) ou para manter na 2ª volta.

Quem também pode surpreender na 2ª volta é o Rio Ave. Dependerá muito das seis equipas referidas acima.

Destaco o Gil Vicente. Grande primeira volta. De forma semelhante ao Boavista, subiu administrativamente. Sem grandes jogadores, contratou um treinador experiente à procura de milagres. Para já conseguiu-os. Derrotou o FC Porto e teve dificuldades em se encontrar depois disso. Para já o experiente Sandro Lima é a estrela da equipa que segue na 2ª metade da tabela sem sobressaltos.

O D. Aves vai no último lugar, também com muitos problemas internos. Exemplos não faltam de problemas com "investidores" nas SAD's do futebol português: mais olhos que barriga e uma dificuldade em sustentar o projecto. Jogadores contratados com critérios empresariais, muitos treinadores e sem grandes perspectivas de futuro. Aprender com os erros.

Dos restantes clubes, vai ser a luta pela permanência. 
Veremos quem se aguenta.  Benfica campeão, FC Porto vice campeão, Sporting em terceiro e a dúvida é quem será o quarto (Sp. Braga ou V. Guimarães). Quanto ao Famalicão, vai depender dos confrontos diretos com os rivais minhotos.