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sábado, 16 de abril de 2022

A decadência dos clubes do Centro de Portugal

 


Em tempos tivemos Académica, Beira Mar, Naval, U. Leiria, Tondela, Ac. Viseu e Sp. Covilhã a representar a Zona Centro nos campeonatos profissionais.

Uma a um foram caindo os bastiões. 

Beira Mar e U. Leiria foram no engodo das SAD's e dos "investidores" com mais olhos que barriga e com intenções questionáveis. Tiveram que começar do zero e não conseguem sair dos escalões inferiores.

A Naval sempre foi muito dependente do mecenato do seu presidente, Aprígio Santos. Protagonizou, lembro-me, um lamentável despedimento de Francisco Chaló ao fim de 4 jogos com 2 empates. Além do clube, até o estádio foi abandonado.

Agora, cai a Académica. Uma das poucas SDUQ que existem em Portugal, mas com muita história. Reflete o espírito ultrapassado que vai na cidade, infelizmente. Muito distante dos seus adeptos, cujo reflexo são as redes sociais completamente abandonadas. Pedro Roxo teve a ideia de criar (e desperdiçar dinheiro) numa equipa Sub 23, sabe-se lá porque razão, cujos resultados (não) se vêm. Uma completa ausência de aproveitamento das segundas linhas.

Os outros não estão melhores: Tondela quase a descer da Liga Bwin. Académico de Viseu e Sp. Covilhã por um fio na Liga II.

Se o Tondela e Covilhã também são SDUQ, já o Viseu tem investidores recentes  e um plantel com nomes caros.

Perante a diversidade de cenários, é interessante perceber porque razão a Zona Centro vai perdendo cada vez mais influência no futebol nacional. 

Uma das razões é a centralização em torno de Lisboa das decisões e do talento. No Norte, também mas menos. 

Por outro lado, temos uma dificuldade enorme dos clubes mais modestos e ponderados em atrair talento, seja ao nível salarial, seja ao nível da exposição mediática. Poucos ou nenhuns jogadores saem dos escalões de formação para as equipas principais.

Ao nível dos adeptos, vemos estádios enormes despidos de público, redes sociais sem dinâmica (a da Académica é quase inexistente) e um desinteresse coletivo. 

Alguns clubes mantêm-se sem investidores (SAD's), mas isso vale o que vale.

Se acho que a Académica vai dar um passo atrás para dar dois à frente, não acho. O futuro é dos clubes em torno do Porto e Lisboa e dos bons investidores.

Foto: Desportubol

domingo, 12 de junho de 2016

Paulo Almeida novo presidente da Académica

Finalmente José Eduardo Simões larga o osso. Não sabemos qual a influência que vai ter nesta nova direção, mas pelo menos será outro nome a dar cara. Pena que tenha
sido quando a equipa desceu de divisão. Mas mais vale tarde que nunca.

Paulo Almeida vai ter duros desafios:
i) subir de divisão em futebol
Não vai ser fácil porque a Académica já vai planificar a época mais tarde que outros concorrentes assumidos (Freamunde, Portimonense e D. Ares). Além disso, fala-se já em Costinha para treinador principal. Trata-se de um treinador completamente falhado que desceu as poucas equipas onde esteve e onde nem sequer conseguiu ficar uma época completa (P. Ferreira, Beira Mar)
ii) reaproximar o clube dos adeptos. Ano após ano, as assistências diminuem a olhos vistos.
iii) aumentar a credibilidade e a transparência de um clube que JES arrastou consigo nos processos judiciais em que esteve envolvidos
iv) recuperar a mística academista

Do ponto de vista das contas, não conheço nem o passivo nem a rentabilidade da SDUQ para poder falar.

sábado, 7 de maio de 2016

Académica desce de divisão

O histórico Académica de Coimbra desceu de divisão.

Esta época a aposta foi mais na formação e no jogador português. O plantel é composto por jogadores de raça como Marinho ou Nuno Piloto, como por jovens talentos a serem explorados como Gonçalo Paciência e Pedro Nuno, como por jogadores com provas dadas mas sem oportunidades (Rafael Lopes e Rabiola). Os homens escolhidos foram José Viterbo e Filipe Gouveia (um jovem técnico que não conseguiu repetir o sucesso de outros estreantes que o antecederam).

Estavam reunidos os ingredientes para se fazer uma época tranquila.

A questão é o que correu mal?

Os números falam por si: a Académica tem o terceiro pior ataque e a segunda pior defesa. Ou seja, a formula não teve sucesso e os jogadores não se empenharam. Essa falta de atitude foi fundamental. Várias vezes dissemos que a equipa parecia que já entrava derrotada em campo. Já na 3ª Jornada antecipamos este terrível desfecho.

Por outro lado os adeptos andam distantes da equipa. Surgem muitas críticas a José Eduardo Simões, mas a verdade é que apesar da muita oposição os sócios continuam a elegê-lo. Aquando da sua eleição em Setembro de 2015, comentamos e criticamos a sua eleição (ver aqui)

 Não tenho dúvidas que este é o momento certo para haver mudanças na estrutura diretiva: um novo presidente, uma nova filosofia. JES deveria pedir demissão e deixar os sócios decidir. A Académica teve uma das suas melhores épocas na formação e em vez de se estar a potenciar jovens do FC Porto, seria bom começar a olhar para dentro. Por outro lado, é importante começar a olhar para os adeptos. O estádio costuma estar vazio e os adeptos frios e distantes.

Vamos recuperar o que dissemos da Académica ao longo da época:

32ª jornada - 1 de Maio
Derrota que espelha a época conimbricense: sem ataque, uma defesa horrível e a descida à vista.

31ª Jornada - 25 de Abril
Perdeu com azar, mas perdeu, e continua afundada. A Académica apresentou-se esta época com muitos portugueses e muitos jovens, uns da formação, outros do FC Porto. O treinador era o raçudo José Viterbo. As coisas começaram mal e continuaram assim, mesmo com a chegada de Filipe Gouveia. Houve músicas de inspiração, iniciativas de adeptos e nada. O próximo jogo é o tudo ou nada. Mas atenção que Pedro Nuno, de 20 anos, marcou a Benfica e FC Porto.

 30ª jornada - 17 de Abril
Todos perderam, ficando tudo na mesma. O tempo é cada vez menor para Tondela e Académica. 

29ª Jornada - 10 de Abril
Percebemos , mais uma vez, porque razão a Académica está em zona de descida: a defesa é ruína.

27ª Jornada - 20 de Março
Derrota pesada em casa (0-3). Se quer ficar na Liga, não pode desperdiçar jogos assim.

26ª Jornada -  13 de Março
 Caiu em zona de descida.

21ª Jornada - 7 de Fevereiro
Dois golos na baliza e dois golos na baliza do adversário, ditaram a queda em lugares de descida.

15ª Jornada - 3 de Janeiro
Num jogo importante, finalmente uma vitória, a terceira em 15 jogos. Perante pouco público (2.387 espetadores), a Académica jogou bem e os meninos do FC Porto são dos melhores da equipa. O central Nascimento, o veterano mas pouco ambicioso João Real e o acomodado Fernando Alexandre foram os melhores. Diga-se que esta vitória frente a um adversário direto.

Balanço da 1ª volta - 30 de Dezembro
A Académica está ao ritmo a que nos habituou: sempre na segunda parte da tabela classificativa. Desta vez tarda em sair dos últimos lugares. Tem muitos portugueses no plantel e é uma pena que os resultados não surjam.

14ª Jornada - 20 de Dezembro
Não foi à luta. Mau jogo.

12ª Jornada - 6 de Dezembro
Péssimo jogo. Desistiou dele logo no primeiro minuto. É por prestações destas que vêm algumas pessoas defender que a redução das equipas do campeonato traz competitividade. Assim, não vale a pena!

11ª Jornada - 29 de Novembro
A Académica está a ganhar confiança, com os jogadores emprestados pelo FCP a fazer a diferença: Paciência e Leandro. No entanto, não ganhou esta diferença, nem o jogo.


No Facebook, a "Margarida Brenha" escreveu: "57 jogos, 9 vitorias, 2700 espectadores, 250 jogadores contratados, 22 vendidos, 1.5 milhoes de euros de prejuizo, dois milhoes de activos sobrevalorizados, 600.000 de imparidades nao contabilizadas, 3000 socios pagantes".

5ª Jornada - 20 de Setembro
Nova derrota, em casa,frente a um adversário direto na luta pela subida. Saída natural.
No entanto, foi uma despedida bonita, honrada e comovente entre José Eduardo Simões e Viterbo.

4ª Jornada - 13 de Setembro
Já no fim da época passada logo depois de garantir a permanência, a equipa relaxou. Este ano não está a funcionar. José Viterbo é um homem com enorme coração, mas com os resultados que tem  (zero pontos), é um dos problemas. Sem ovos não há omoletas, mas o cozinheiro influencia.
 
3ª Jornada - 31 de Agosto
 Uma má exibição de uma equipa que não funciona. A continuar assim vai direitinha para a 2ª Divisão. Já entrou em campo derrotada. Uma tristeza ver aquela equipa que já encaixou 8 golos em 3 jogos...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A comicidade dos sócios da Académica

Cómico, castiço, caricato ... é o que ocorre para descrever a moção de censura que os sócios  da Académica impuseram ao seu presidente José Eduardo Simões.

Há muitos anos que o presidente é acusado de corrupção, mas tem sido sucessiva e democraticamente eleito pelos sócios da Académica em eleições livres.
 
Queixam-se de quê?

Não se percebe... se não confiam nele, então porque o elegem?

Certamente, que os sócios presentes na reunião não representam a generalidade dos votantes e o actual momento desportivo também não facilita.