sábado, 12 de março de 2016

José Peseiro sem jogadores para convocar

O que está a acontecer ao FC Porto esta época é anormal.
Uma das equipas com o maior orçamento em Portugal (senão o maior) não tem jogadores para convocar, forçando a integração de jogadores da equipa B.

O FC Porto esta época prometeu e investiu muito. Contratou Casillas, uma lenda para baliza, depois de ter o veterano Helton. Para a defesa, deve ter pago bastante no leilão a Maxi Pereira, André André e Danilo. Todos eles com muitos clubes interessados, pesou o que o clube ofereceu ao clube que os detinha, os salários, prémios e comissões aos  agentes. Além destes manteve Aboubakar, Marcano, Indi e Brahimi. Entraram ainda Corona e Layun, bons jogadores. Manteve-se o treinador Lopetegui a quem se deu um desconto pelo facto de na temporada anterior não conhecer bem o futebol português. Apesar de arrogante, era um treinador ambicioso.
Destaco três saídas de Alex Sandro, Danilo e Jackson, a mais difícil de substituir era a do colombiano.

Ora, no decorrer da época, os problemas acentuaram-se no jogo com o Chelsea com um onze inicial sem pés nem cabeça e uma eliminação na Champions inesperada. Na primeira volta, para surpresa de todos, Imbula, o reforço mais caro, não jogou. O francês foi mais um a ser encostado depois de Adrian Lopez e Quaresma. Seguiram-se mais uns jogos sem ganhar e o espanhol saiu. Ficou mesmo a sensação que os jogadores não metiam o pé e que vêm o FCP como um clube de passagem. Chegou José Peseiro, treinador de futebol espetáculo mas sem ambição. A crise continuou com o climax no jogo com o modesto Arouca no Dragão, numa moite negro de Maicon e nos jogos seguintes um descalabro na defesa. Ou seja, na zona onde o FCP mais se reforçou acabou por ser onde surgiram mais problemas.

Hoje, a 12 de Março, para o U. Madeira parece a convocatória forçada.

Ausências:
Marcano, Evandro e Varela (lesionados); Martins Indi, André André e Danilo (castigados);

Lista de convocados
Guarda-redes: Helton e Casillas;
Defesas: Maxi Pereira, Víctor Garcia, Layún, Chidozie, Verdasca e José Ángel;
Médios: Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Herrera, Francisco Ramos e João Graça;
Avançados: Brahimi, Marega, Corona, Aboubakar e Suk

Parecem estar aqui muitos nomes de uma futura equipa do FC Porto, mas faria todo o sentido integrá-los aos poucos, dando sucessivas oportunidades, do que colocá-los em jogos importantes  .

A todo isto se soma, a extrema dependência das contas do clube das transferências de jogadores e uma renovação das estrutura diretiva que tarda em acontecer. Quando se ganha é tudo muito bonito, mas quando se perde, como agora, é necessário colocar o status quo em causa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um post fantástico. Excelente analise!